Corre um rio dentro de mim, sim. Sem margem, ele corre do alto para o chão. Não muito alto seu início, fim do telhado. Mas tão constante o seu curso nas noites fins dos dias de muita chuva. Chove dentro de mim este rio, com seu barulho de catarata eterna. Fura-me o meu rio, que dentro de mim recebe o meu nome, seu território temporário. Só me passa no tempo, não no espaço. O que de mim isso faz? Sem corpo? Só corpo? Num copo d’água cósmica, sou efervescente? Quatro interrogações e uma apóstrofe dão conta do que devo/preciso... Não, vão além. Ficam lá, palaisas, e eu, que à visão me dei por amante não me sei de mim mesmo mais. Será futuro já amanhã. (mario)
Corre um rio dentro de mim, sim. Sem margem, ele corre do alto para o chão. Não muito alto seu início, fim do telhado. Mas tão constante o seu curso nas noites fins dos dias de muita chuva. Chove dentro de mim este rio, com seu barulho de catarata eterna. Fura-me o meu rio, que dentro de mim recebe o meu nome, seu território temporário. Só me passa no tempo, não no espaço. O que de mim isso faz? Sem corpo? Só corpo? Num copo d’água cósmica, sou efervescente? Quatro interrogações e uma apóstrofe dão conta do que devo/preciso... Não, vão além. Ficam lá, palaisas, e eu, que à visão me dei por amante não me sei de mim mesmo mais. Será futuro já amanhã. (mario)
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