domingo, 2 de maio de 2010

Sobre os frangos.

O frango inteiro do almoço de domingo. Impessoal,da méta-cabeça aos méta-pés. Meu irmao pedia o peito, seco e nobre. Eu sempre quis asas e coxas. E hoje, fora dos encontros alimenticios familiares, elocubro metaforas a respeito da escolha das minhas partes. O pequeno frango e a pequena familia, despedaçados e de carcaça exposta no pos-almoço dominical. E os pedaços de carne ainda restantes,- asas e coxas destroçadas, gordurosas, coloridas, advindas da obscuridade da colagem com o osso – dentro da minha boca. Minha mãe dizia algo doce: quem quer sobremesa?

Um comentário:

  1. Mesmo sem me notar, como as sobremesas antes de comê-las. Ansiosa, já carrego em mim uma bomba de glicose, tanto que amarga em mim o gosto do chocolate que resta, a cada mordida, em meus dentes.

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